terça-feira, 7 de novembro de 2017

Fim do silêncio com o ouvido biônico

Uma decisão da Justiça Federal obrigou a Agência Nacional de Saúde Suplementar-ANS a garantir que os planos de saúde privados do Brasil façam o implante coclear, que chega a custar mais de R$ 50 mil.

Assim como o famoso teste do pezinho, o teste da orelhinha deve ser realizado ainda na maternidade, pouco depois de o bebê nascer. 

A obrigatoriedade entrou em vigor em 2010, mas até hoje muitas gestantes desconhecem o exame e muitos hospitais não o realizam adequadamente. O teste da orelhinha é o primeiro passo para verificar a audição da criança.

Quem tem surdez leve ou moderada costuma viver bem com aparelhos tradicionais, que amplificam o som ao redor e o levam até a cóclea doente. Mas quando a deficiência é grande, a melhor opção tende a ser o implante coclear.

No Brasil, são feitas 800 cirurgias anuais de implante coclear, o que é considerado muito pouco para o tamanho da população. Estima-se que existam por aqui cerca de 2 milhões de pessoas com surdez severa.

Nem todas as pessoas podem se beneficiar do implante. E, entre as que podem, nem todas alcançam um bom resultado depois da cirurgia. 

O procedimento é indicado para os jovens e adultos que já ouviram e, por isso, se comunicam pela fala. Ou para quem nasceu sem ouvir, mas pode fazer a cirurgia ainda bebê. O ideal é realizar o implante entre os 6 meses de vida e os 2 anos de idade, para aproveitar a alta plasticidade do cérebro.

A pessoa que faz a cirurgia recebe o que é chamado de unidade externa do implante (fica encaixada na orelha), mas se o aparelho quebrar ou for perdido a pessoa tem que bancar os custos de uma aparelho novo.



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