quinta-feira, 5 de janeiro de 2017

Para presidente Michel Temer rebelião e chacina de 56 presos no presídio de Manaus foi apenas um acidente

Apesar da Umanizzare, empresa privada que administra o Complexo Penitenciário Anísio Jobim, ter alertado por 2 vezes sobre os riscos de rebelião, o presidente Michel Temer classificou o maior massacre do sistema prisional apenas como um acidente pavoroso.

"Eu quero numa primeira fala, mais uma vez, solidarizar-me com as famílias que tiveram seus presos vitimados naquele acidente pavoroso que ocorreu no presídio de Manaus", afirmou o presidente.

No dia 27 de dezembro, a Umanizzare pediu providências imediatas porque os horários das visitas de Natal não foram respeitados, o que prejudicou a revista de celas e a contagem de presos.

No dia 30, a empresa mandou outro ofício para o secretário alertando que os presos tinham retirado do telhado 7 barras de ferro de 6 metros de comprimento, cada. A empresa pediu uma revista com escolta armada para recuperar esses materiais.

Apesar dos alertas a rebelião aconteceu 2 dias depois, causando a morte de 56 presos e a fuga de mais 200.

Já o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse que a Secretaria de Segurança do Amazonas sabia do risco de fuga e não avisou ao governo federal.

Temer anunciou a construção de 5 presídios federais para abrigar “lideranças de alta periculosidade”. Cada unidade deve contar com até 250 vagas. O investimento, segundo o presidente, ficará entre R$ 40 milhões e R$ 45 milhões por unidade.




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