Em tempos de crise, a oferta de proteção veicular por um preço mais em conta pode levar muitos proprietários a contratarem “gato por lebre”.
A Susep informou que tem recebido denúncias de consumidores com relação a contratos de proteção veicular, porém como essas empresas não são seguradoras, a Susep não tem ingerência sobre a sua atuação e por isso as denúncias são encaminhadas ao Ministério Público.
Vendida como se fosse um seguro, a proteção veicular tem regras bem diferentes e um risco maior no recebimento da indenização em caso de problemas.
A proteção veicular é vendida por cooperativas e associações de classe a preços mais baixos do que o seguro regular. O modelo consiste no rateio dos prejuízos sofridos por todos os associados, fornecendo proteção mútua de patrimônio, sem reserva técnica e sem fiscalização quando houver algum evento.
Geralmente no regime de proteção veicular, existe apenas um contrato de prestação de serviços.
A orientação para o consumidor é, antes de contratar qualquer seguro, verificar junto ao site da Superintendência de Seguros Privados-Susep se a empresa que oferece o serviço tem registro como seguradora.
“O risco é o mesmo de todas as pirâmides, que surgem prometendo facilidades, mas que não são ilegais. São serviços que não têm fiscalização das atividades e dos recursos envolvidos, nem têm reservas técnicas constituídas para fazer frente às indenizações, como as seguradoras”, afirmou João Francisco Borges da Costa, presidente da Federação Nacional de Seguros Gerais.
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