domingo, 12 de fevereiro de 2017

SOS Fazenda Colubandê

Na manhã deste domingo, dia 12 de Fevereiro, houve um ato público de limpeza na Fazenda Colubandê, tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional-Iphan desde 1940, para denunciar e chamar a atenção das autoridades para o estado de abandono e destruição do Patrimônio Público.

A Fazenda Colubandê, datada do século XVII, é uma das fazendas coloniais mais importantes do Brasil, ocupando cerca de 122 mil m2 de área verde. O casarão foi construído em 1618 e depois a área foi desmembrada pelos Jesuítas e doada ao colonizador Gonçalo Gonçalves.

A fazenda foi desapropriada pelo Governo do Estado em 1969 e cedido ao Batalhão de Polícia Florestal em 1988, porém está abandonada desde 2012, quando foi desativado o Batalhão de Polícia Florestal e repassada a gestão para a prefeitura de São Gonçalo, que até o momento nada fez pela preservação da mesma e vem sendo alvo constante de vandalismo.

Em estilo barroco, a fazenda conta com 26 cômodos na parte de cima e 12 cômodos no subterrâneo (sombrias e tristes masmorras), onde ficavam as senzalas que abrigavam os escravos.Tem em seu conjunto a Capela de Sant’Ana, em estilo colonial, tendo em altar 2 painéis raros, em estilo rococó, de azulejaria original portuguesa.

O cenário da fazenda é desolador. Os mobiliários, lustres, torneiras, fios, disjuntores, portas, janelas e peças centenárias foram roubados. Há muito lixo e preservativos em quase todas as salas, além de vestígios de fogueiras nos cômodos. Não há iluminação no local devido o roubo dos fios. 

O local conta ainda com um orquidário e um painel em frente à piscina, obra da pintora Djanira. A piscina foi transformada em depósito de lixo e água parada, foco de Dengue.

Nos fundos, fora do sítio histórico, funciona uma vila olímpica administrada pela prefeitura de São Gonçalo.











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