quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Os Prós e Contras do implante de hormônios

O implante de hormônios é popular e polêmico. Mais conhecido como chip, foi criado há quase 40 anos para atuar originalmente em alternativa à pílula anticoncepcional.

Muitas usuárias contam que a técnica elimina cólicas e a TPM, diminui a celulite, melhora a pele e o cabelo, estimula a perda de gordura e o ganho de músculos, além de aumentar a disposição, porém há efeitos colaterais indesejados, como queda de cabelo, surgimento de acne e pelos, engrossamento da voz e aumento de clitóris.

Esses implantes são subcutâneos, colocados sob a pele, preferencialmente logo acima dos glúteos. O procedimento não dura mais do que 10 minutos e a pessoa não precisa de qualquer repouso, bastando um curativo.

Para quem não faz exercícios, nem come de forma saudável a reação à liberação diária e contínua de hormônios é justamente o ganho de peso.

O chip assume a forma de um tubinho de silicone do tamanho de um palito de fósforo e é colocado tão superficialmente que até dá para sentir ao tocar. Para ser implantado, é preciso anestesia local, mas o tubo pode ser retirado a qualquer momento. O prazo de validade é de 3 anos dentro do corpo. Em média, custa R$ 4 mil por implantação.

A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia se posiciona contra o uso de hormônios em pessoas que não apresentam deficiências hormonais, devido aos efeitos adversos que isso pode gerar.


O endocrinologista Pedro Assed conta que já recebeu uma paciente que havia implantado o chip e ficou com sangramento ininterrupto:

“O implante que ela colocou não aparecia em radiografias, então não se sabia onde ele estava, e o médico ainda não a tinha informado quais hormônios havia usado. A paciente não tinha ideia do que estava no corpo dela. Isso é recorrente”.

No universo masculino, um procedimento controverso e que tem gerado a ira de muitos médicos é o implante de Viagra, que consiste em pequenas incisões nas nádegas, onde são inseridas cerca de 10 cápsulas, do tamanho de grãos de arroz, cada uma com uma substância.

Para Eduardo Bertero, coordenador geral do Departamento de Andrologia e Sexualidade Humana da Sociedade Brasileira de Urologia, a técnica é um perigoso tiro no escuro.

“É lógico que a ideia é atraente. Mas a absorção subcutânea é diferente da oral. Já se fez experimentos de injeção de Viagra no pênis e não funcionou. Isso torna improvável que funcione por meio de implante”.

Entre os hormônios administrados, todos permitidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária-Anvisa, estão a gestrinona, progesterona, estradiol, testosterona e nomegestrol. A mais usada é a gestrinona, muito procurada por ser particularmente conhecida pela diminuição da celulite e aumento da libido e da massa muscular.





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