De acordo com os especialistas, os Maias não faziam uma contagem linear do tempo, mas circular, o que significa que um novo ciclo começa no ponto em que termina o anterior, de forma continua e infinita
A crença de que o calendário Maia anuncia o fim do mundo surge através de interpretações judaico-cristãs, afirmam os peritos. O que consta é o início de um novo ciclo do calendário da civilização pré-colombiana.
"A Profecia Maia foi um equívoco de interpretação durante as pesquisas realizadas na região da atual Guatemala. No local foi encontrada uma lápide com inscrições, que segundo análise de arqueólogos, seriam registros de calendários deste povo. Nela constam informações que coincidem com um conjunto de medidas de tempo, as quais, para esta cultura, indicam mudanças culturais, técnicas, ritualísticas, ou seja, transformações do cotidiano. Todas estas informações foram retiradas do contexto de sua investigação, transformadas em profecia e amplamente divulgada", explica a professora Leila Mourão
A civilização Maia conheceu o apogeu entre 250 e 900 Depois de Cristo e foi perdendo importância até o ano 1200, desaparecendo quase completamente antes da conquista espanhola do continente
O povo Maia residia onde atualmente é a América Central e se organizava em cidades-estado independentes e sua base econômica era a agricultura. Os Maias realizavam observações sobre a natureza e mapeavam os astros, como o Sol, a Lua e demais estrelas, e elaboravam tabelas sobre a previsão do tempo, estações do ano, conjunções de planetas e eclipses solares e lunares. A partir destas observações, eles construíam tabelas com tempos relativos aos diferentes astros, denominadas de calendários pelas culturas Greco-latinas
Mais de metade da população da Guatemala (cerca de 15 milhões) pertence a grupos indígenas descendentes dos maias
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