Geddel Vieira Lima, ministro da Secretaria de Governo, é acusado de crime de prevaricação ao usar o próprio cargo para coagir o ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, em favor de interesses pessoais.
Marcelo Calero pediu demissão do Ministério da Cultura nesta sexta-feira, dia 18 de Novembro, e acusou Geddel Vieira Lima de pressiona-lo para liberar um empreendimento imobiliário de alto luxo, na Bahia, no qual ele comprou um apartamento.
O empreendimento imobiliário foi embargado pela direção nacional do Iphan em razão de estar localizado em uma área tombada como Patrimônio Cultural da União, sujeito a um regramento especial. Os construtores pretendiam erguer um prédio com 30 andares, mas o Iphan autorizou somente a construção de no máximo 13 andares.
Diante da iminência do Iphan de não iria liberar o empreendimento por completo, Marcelo Calero passou a receber pressões de integrantes do governo para conceder a licença de construção ou enviar o caso para a Advocacia-Geral da União.
Geddel Vieira Lima admitiu que é proprietário de um imóvel no empreendimento embargado, que conversou com Marcelo Calero sobre o empreendimento, mas que não houve pressão e sim "ponderação". Na visão do peemedebista, a conversa foi para reforçar a importância de uma obra que garante centenas de empregos.
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