Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Ufrj) podem produzir o primeiro fitomedicamento à base de substâncias da maconha no país.
Cada vez mais, compostos da planta, como o canabidiol (CBD) e o tetrahidrocanabinol (THC), são usados como tratamento alternativo para diversas condições de saúde, desde enjoo provocado pela quimioterapia a convulsões incontroláveis por remédios convencionais em crianças.
A maconha e as demais substâncias contidas têm propriedades terapêuticas reconhecidas internacionalmente, mas por conta da proibição do uso da planta, as pesquisas tem várias dificuldades legais.
Um dos principais obstáculos que faltam ser superados para dar início efetivo à pesquisa é encontrar um fornecedor regular, no Brasil ou no exterior, dos extratos de Cannabis, com a qualidade e padrão de composição necessários para uma investigação científica do tipo, já que o objetivo do Instituto de Tecnologia em Fármacos da Fiocruz (Farmanguinhos) não é plantar maconha e produzir os compostos e sim comprar o princípio ativo e formular o remédio.
A expectativa é de que até o fim deste ano o projeto de pesquisa já esteja pronto para ser encaminhado à Anvisa, com os estudos começando na prática no ano que vem. Ao todo, espera-se que o processo de desenvolvimento do fitomedicamento leve de 5 a 10 anos.
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